Cid diz ter esperança em aliança entre PDT e PT nas eleições de Fortaleza

O senador Cid Gomes (PDT) afirmou, em entrevista coletiva na sede do partido para sua posse da presidência estadual nesta quinta-feira, 13, que tem esperanças na construção de uma aliança entre PDT e PT para as eleições de Fortaleza no ano que vem. O ex-governador confessa, no entanto, que não será uma eleição fácil. Cid Gomes se reuniu com 17 membros do partido para traçar um cronograma de trabalho com três frentes. O encontro para a posse ocorre após acordo com o então presidente estadual e nacional (interino), deputado André Figueiredo. O acordo foi firmado na última semana.De todos os municípios do Estado do Ceará, segundo o pedetista, o mais difícil deles é Fortaleza. “É o maior município do estado do Ceará, mas isso só aumenta o meu sentimento e a minha responsabilidade. Eu não perco as esperanças de poder ter uma candidatura que coloque como aliados PT e PDT em Fortaleza, eu vou trabalhar nessa meta”, revela. Cid defende que haja respeito às diferenças, às opiniões e compreende que há disputas. “Esse será o suprassumo da minha responsabilidade. Se a gente conseguir fazer candidatura vitoriosa na metade dos municípios cearenses, terá sido uma grande vitória”. Em relação a quem vai assumir como candidato às eleições municipais da capital cearense, Cid argumenta que antes do nome é preciso ter projeto e alianças. “Primeiro é importante a gente definir o projeto, o que a gente quer para Fortaleza? Segundo, definir a aliança. Quais são os partidos? Quais são as forças políticas que vão se fazer representar nisso? Por último, o nome da pessoa. Esse é o de menor importância e, ao mesmo tempo, deve ser consequência desse esforço inicial: projeto, aliança e definição de nome”, elencar o senador.Em seguida, é enfático: “sem ilusão, eu digo e repito: se a gente fosse depender, exclusivamente, do diretório municipal do PDT e do diretório municipal do PT, eu diria que a possibilidade de haver uma aliança [entre PDT e PT] é zero. No entanto, tem estaduais que podem conversar e tem nacionais que já estão colocando em andamento um esforço disso, de ter esses partidos aliados na maior parte de municípios do Brasil”, completa. DESTINO DE SARTO Segundo a deputada Lia Gomes (PDT), irmã do senador e também presente na reunião, articular alianças em todos os municípios que o PDT vai ter candidato é “uma missão bem difícil, só para quem gosta mesmo. O Cid assumindo vai ser muito bom, porque o Cid meio que já faz isso de maneira informal. Acho que isso vai fortalecer o partido porque os prefeitos estavam muito angustiados com vários partidos assediando pessoas do PDT”, revela Lia. Se tratando do fortalecimento da relação com os prefeitos dos interiores para o próximo ano, Lia acredita que vai ser impactada positivamente para as eleições de 2024. “Sem dúvida. Inclusive essa vinda do Cid para assumir a presidência não foi uma demanda dele. Foi demandado pela bancada do PDT. Nós somos 13 que estamos na bancada de apoio do Governo do Estado e três que estão na oposição. Vários prefeitos compareceram e assinaram o manifesto de apoio da presidência. eu acredito que a gente passa por um bom momento: ele assumindo fortalece o partido”, acrescenta a irmã do senador Cid, esperançosa.Em relação à resolução em Fortaleza, o partido tende a ficar unido, de acordo com a parlamentar. Para Lia, existe essa possibilidade. “O Sarto (PDT) é o candidato natural à reeleição, não sei se ele pessoalmente tem interesse. A política é meio jogo de xadrez, os movimentos que você faz agora, sem dúvidas, vão impactar no futuro, mas eu acho que está cedo para falar”, elucida.Ao final da reunião, André Figueiredo disse, em coletiva, que o momento agora é de pacificar e que, sim, o prefeito Sarto é candidato a reeleição. “As nossas prioridades é continuar fazendo do PDT o maior partido do estado do Ceará e reelegermos o prefeito Sarto. Conflitos, se existirem, é só de um lado, porque o PDT nacional já deliberou que, em Fortaleza, nosso candidato é o atual prefeito. Estamos abertos ao diálogo com o governador Elmano também”, conclui o deputado federal. Fonte:Opinião