terça-feira, 29 de agosto de 2023
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Médica do Samu deixava garrafa d'água sobre teclado de computador para fingir que estava trabalhando
Uma das táticas usadas para burlar o controle do ponto de médicos na central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre foi revelada em reportagem da RBS TV por Jimmy Herrera, coordenador do serviço. Segundo Herrera, uma das médicas envolvidas na fraude deixava uma garrafa d'água sobre o teclado do computador quando se ausentava do trabalho para manter teclas pressionadas. Com isso, o computador não desligava e nada era registrado no sistema.
"Ela deixou uma garrafa em cima do teclado justamente para que ficasse emitindo um número ou uma letra dentro da tela, para que o sistema não caísse, como se alguém estivesse usando o sistema", conta Herrera.
No domingo (27), reportagem do Fantástico denunciou irregularidades no cumprimento de escalas do Samu no Rio Grande do Sul. Nesta segunda-feira (28), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou a abertura de sindicância, auditoria e implantação de novos mecanismos de controle na central de regulação do Samu, como câmeras.
Segundo Jimmy Herrera, a tela dos computadores usados pelos médicos na central do Samu é desconectada do sistema após 10 minutos sem uso, e isso fica registrado. Assim, médicos que se ausentam por muito tempo precisam dar explicações.
O médico que coordena a central admite que sabia da fraude e acusa a direção de não ter tomado providências. Ele conta também que um médico chegou a apresentar 12 atestados falsos para cumprir horário menor do que o contratado.
Profissionais deixavam de cumprir horas de trabalho previstas em contrato e seguiam recebendo pela totalidade da carga horária. Eles deveriam trabalhar, em média, 100 horas por semana, mas só cumpriam 40 horas.
FONTE:G1