segunda-feira, 18 de setembro de 2023
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Mais dois policiais são condenados e seis são absolvidos da acusação de envolvimento na Chacina do Curió
Dois policiais militares foram condenados no terceiro julgamento da Chacina do Curió, que se encerrou na noite deste sábado, 16. Após mais de 12 horas de votação, o júri decidiu ainda absolver os outros seis réus. A decisão ocorreu de forma sigilosa no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.
Nesta fase, sentaram no banco dos réus: Antônio Carlos Matos Marçal, Antônio Flauber de Melo Brazil, Clênio Silva da Costa, Francisco Helder de Sousa Filho, Igor Bethoven Sousa de Oliveira, José Oliveira do Nascimento, José Wagner Silva de Souza e Maria Bárbara Moreira, respectivamente.
José Oliveira do Nascimento foi condenado aos 18 crimes que compõem a Chacina do Curió, com pena que passa os 200 anos. Já José Wagner Silva de Souza foi considerado culpado por torturas físicas e psicológicas.
Anônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos outros crimes, mas teve desclassificação do crime de uma tentativa de homicídio de uma das vítimas para crime militar. O processo dele será desmembrado e remetido para a Vara da Auditoria Militar. Em relação às demais acusações, ele foi absolvido.
Os réus deste processo chegaram cedo ao local, por volta das 7h30min, acompanhados das respectivas famílias e advogados. No fim da tarde, as “Mães do Curió” também estiveram concentradas em frente ao portão do Fórum Clóvis Beviláqua, igualmente aguardando o resultado da votação secreta.
Diferentemente do primeiro julgamento, em que os acusados foram julgados por execução, e do segundo, em que os réus foram acusados por omissão do dever de agir, desta vez os oito policiais foram julgados por omissão no caso dos 11 homicídios, além de três tentativas de homicídio e de tortura psicológica e física.
O processo foi desmembrado em três partes para individualizar a suposta participação dos policiais e acelerar os trâmites que se dão na 1ª Vara do Júri de Fortaleza. Ao todo, 33 policiais militares foram julgados.
Fonte: O POVO