Facções criminosas no Ceará têm atraído jovens em idades mais precoces, recrutando crianças e adolescentes em ações ilícitas. O pesquisador Artur Pires destaca ao Portal GCMais, que a falta de oportunidades tradicionais na periferia leva esses jovens ao crime organizado.
As facções oferecem alternativas a esses jovens, proporcionando prestígio por meio de atividades ilícitas, como vigiar comunidades e disputar territórios. Mesmo jovens não diretamente envolvidos enfrentam riscos. O juiz Manoel Clistenes destaca que a maioria dos casos na Vara da Infância e da Juventude de Fortaleza apresenta condições de vida semelhantes para esses jovens.
Dados do Unicef mostram que, entre 2016 e 2020, houve 3.918 mortes violentas de crianças e adolescentes no Brasil, a maioria relacionada a adolescentes.
Para o portal, Pires ressalta que a mudança exigiria investimentos em políticas públicas de educação, cultura, lazer e esporte. No entanto, observa que o Estado prioriza mais a segurança do que áreas culturais e educacionais, tornando a reversão a curto prazo desafiadora.
Fonte:GCMais