sexta-feira, 22 de agosto de 2025
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Análise: Palmeiras joga mal em casa após encaminhar vaga na ida e tem pouco a aproveitar de testes
Após a goleada por 4 a 0 fora de casa, o Palmeiras entrou em campo no Allianz Parque com a vaga nas quartas de final da Conmebol Libertadores praticamente assegurada. O jogo dessa quinta-feira, portanto, era uma chance de fazer testes pensando na sequência do ano. Mas pouco se aproveitou.
O burocrático empate sem gols com o Universitario, do Peru, confirmou a classificação alviverde. Só que a exibição dos comandados de Abel Ferreira foi fraca.
Ainda sem Jefté, que chegou após o período de registros para as oitavas de final, Abel Ferreira improvisou na lateral esquerda para poupar Piquerez.
A escolha foi usar Micael. Sem bola, o camisa 13 fazia essa função numa linha com quatro defensores; ao atacar, era o zagueiro pela esquerda, ao lado de Murilo e Gustavo Gómez.
Outra novidade foi a utilização de Allan como camisa 8, no lugar de Lucas Evangelista. O garoto fez dupla com Emiliano Martínez, enquanto Giay e Felipe Anderson eram os alas, Flaco López jogava atrás de Vitor Roque, e Mauricio armava pelo lado direito.
Ciente da vantagem, o Palmeiras não jogou com o mesmo interesse da partida de ida, é fato. Mas além do ritmo mais baixo, a equipe teve muitas dificuldades com a bola. Sem rotas para chegar na frente, o time teve seus três zagueiros como líderes em passes: Gómez (80), Micael (75) e Murilo (64).
Isto fez com que o Verdão ficasse longe do gol, forçando lançamentos pouco precisos ou tocando de lado. Flaco e Mauricio não conseguiam encontrar Vitor Roque, então Allan foi quem mais tentou atacar.
Só que defensivamente (e ele tinha mais responsabilidades sem bola no jogo) deixou espaço. Sua substituição no intervalo, contudo, foi por já ter cartão amarelo, de acordo com Abel Ferreira. O camisa 40 entrega mais quando joga aberto, mas pode ser usado mais vezes nesta função, pois Lucas Evangelista é o único 8 do elenco.
Diante de sua torcida, o Palmeiras viveu um cenário inesperado, com o Universitario mais atento, incomodando mais. Isto se traduziu nos números do jogo: apenas nove finalizações alviverdes, contra 17 dos peruanos, mesmo tendo só 36% de posse de bola.
O momento de maior incômodo para o Verdão foi no início de jogo, em que a equipe visitante chegou a abrir o placar logo aos oito minutos, mas o lance acabou anulado por impedimento.
O time de Abel Ferreira correu menos riscos especialmente no segundo tempo, mas também não chegou a criar grandes problemas para o goleiro Sebástian Britos.
A dupla Flaco López e Vitor Roque, que empolgou na goleada em Lima, não foi bem. O camisa 9 ainda lutou e correu muito, mas o argentino esteve desatento, em ritmo lento, e se mostrou fora de sintonia entre seus parceiros na frente.
Sem grandes emoções, se houve algo interessante, além obviamente da garantia da classificação, foi a entrada de Khellven no lugar de Giay.
Ele entrou aos 27 minutos do segundo tempo e trouxe mais força ofensiva pelo lado direito. O camisa 12 tem características diferentes do argentino, mais marcador, e pode agregar para a sequência do ano.
Longe de ser empolgante, o Palmeiras terminou a noite com dever cumprido. Agora, precisará entregar mais nos 180 minutos que terá contra o River Plate, nas quartas.
Fonte:GE/Taça Libertadores 2025