segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Ceará registrou mais de 4 mil acidentes com escorpiões em 2023; período de reprodução acende alerta

O Ceará registrou 4.119 casos de acidentes por escorpiões apenas entre janeiro e 6 de setembro deste ano, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), repassados ao OPINIÃO CE. Em 2022, o total de casos chegou a 6.448, 1.155 a mais do que no ano anterior (2021), quando o Estado observou 5.293 acidentes pelo animal peçonhento. Entre os meses de agosto e setembro, período de reprodução da espécie, os cuidados precisam ser redobrados. No período, as fêmeas apresentam um aumento na concentração de veneno e procuram a superfície para se reproduzirem, potencializando as chances de casos mais graves. Por conta disso, a orientação da rede estadual de Saúde é que os agentes de endemias nos municípios realizem trabalhos de orientação junto à população. Geralmente, os primeiros atendimentos, em casos de acidentes, são feitos em UPAs ou hospitais municipais, onde o paciente recebe os cuidados. Quando ocorrem as picadas, o setor de epidemiologia da unidade de atendimento é acionada e, em seguida, os agentes entram em contato com a vítima e fazem acompanhamento da recuperação. A identificação do escorpião causador do acidente também é importante, já que pode auxiliar no diagnóstico. A orientadora da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da Sesa, Juliana Borges, pontua que pessoas mais vulneráveis, como crianças de até 12 anos e idosos acima de 65 anos de idade, devem receber um cuidado redobrado. Outro destaque feito por ela é a unidade de referência, o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox), localizado no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza. “A nossa unidade de referência é o Ceatox, no IJF. É uma unidade de referência do município de Fortaleza. Mas, mesmo com a nossa referência municipal, a gente lembra que a população geralmente busca atendimento nas UPAs. Nós temos UPAS de gestão municipal e temos também seis UPAs de gestão estadual voltadas para casos desse tipo. Quando os pacientes têm um quadro mais grave, são direcionados para o Ceatox”, enfatiza a orientadora. O crescimento de incidentes envolvendo escorpiões no Ceará é verificado desde 2015. O número passou de 2.882, naquele ano, para 3.922 (2016), seguido de 4.284 (2017), 5.090 (2018) e 6.587, em 2019. Os números representam um aumento de aproximadamente 114% ao longo da série histórica. Em 2020, foram registrados 6.026 casos de acidentes pela espécie. Conforme Juliana, o aumento de notificações de acidentes por escorpiões deve-se, principalmente, à melhoria da vigilância profissional sobre os casos. “O fato pode ser observado devido à sensibilização de profissionais em notificar casos e a melhoria na vigilância desse agravo. Além disso, a gente precisa ressaltar a parceria com as mídias na divulgação da necessidade de se buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima em situações acidentais”, destaca Juliana Borges. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CUIDADOS Por meio do Boletim Escorpiônico, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) recomenda cuidados à população cearense sobre os riscos de acidentes por escorpiões. Confira, abaixo, quais medidas de prevenção devem ser tomadas e como proceder em situações de picadas da espécie: Examinar roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes, antes de usar; Usar luvas de raspa de couro ou similares e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeiras e pedras em geral; Manter berço e cama afastados, no mínimo de 10 cm, das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão; Tomar cuidado especial ao encostar-se em locais escuros e úmidos e com presença de baratas; Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar; Não jogar lixo em terrenos baldios; Manter fossas sépticas bem vedadas para evitar a passagem de baratas e escorpiões; Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques. O que não fazer após ser agredido por um escorpião: Não amarrar ou fazer torniquete; Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções; Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada; Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene etc, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro. O que fazer após ser agredido por um escorpião: Limpar o local com água e sabão; Procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência); Se for possível capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar no diagnóstico. Fonte: Opinião
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