segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
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Idosa é dopada com sorvete e criminosa leva celular, cartão bancário e documentos, no Ceará
Uma aposentada de 68 anos sofreu um golpe em Fortaleza e teve o celular, documentos e cartão do banco roubados por uma criminosa no dia 17 de janeiro no Centro de Fortaleza.
A vítima foi dopada com um sorvete, com uma substância não identificada, dado pela golpista, que havia se aproximado da aposentada com a desculpa de que estava passando por problemas emocionais e precisava conversar. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A preparação para o golpe começou ainda no dia 13 de janeiro. A aposentada havia ido fazer compras no Centro e foi abordada pela golpista enquanto descansava na Praça do Ferreira. A criminosa, então, começou a contar que havia perdido o esposo e precisava desabafar.
Ela pediu o contato da vítima e iniciaram um laço de amizade. No dia seguinte, a criminosa ligou para a aposentada para combinar um novo encontro. Naquela semana, elas mantiveram contato quase todos os dias. A golpista, no entanto, nunca ligava do mesmo número telefônico e nem aceitava entrar em lojas com a vítima ou tirar fotos.
No dia 17, quando o crime foi consolidado, a criminosa novamente chamou a vítima para almoçar no Centro. Chegando lá, ela desistiu do almoço e chamou a aposentada para tomar um sorvete.
"Ela me puxou pelo braço e disse 'vamos pelo menos tomar um sorvete'. Levantei, a gente se encaminhou para a sorveteria e ela disse 'não, pode ficar aí, olha as minhas coisas que eu trago'. Nessa altura eu já estava dentro do laço. Eu ainda disse para tiramos uma selfie para provar para minhas amigas que tinha uma amiga nova, mas ela disse 'não, estou muito feia'", narrou a aposentada.
Após certa demora, a mulher voltou com o sorvete:
Era um pote, o sorvete (estava) lá no finalzinho, um pouquinho de sorvete. A partir do momento que eu comecei a comer, a colher bateu em um negócio, era tipo uma pontinha da casquinha. Eu disse 'vixi, mas o que é isso?' Ela disse que era a casquinha. Foi quando eu meti a concha e veio essa casquinha. Eu lembro que não era gostosa, era um sabor muito estranho. Eu terminei, ela pegou rápido e botou no lixinho. Voltou para perto de mim e disse 'tá sentindo alguma coisa'?"
Nesse momento, a vítima disse que queria ir ao banheiro. A criminosa levou ela para um restaurante.
"Aí não lembro mais de nada. Me levaram para a UPA. Não vi nada. Só acordei na segunda-feira. E não tinha mais nada: nem documento, nem cartão de pagamento da minha aposentadoria".
Ela foi resgatada por trabalhadores de um shopping do Centro, que conseguiram entrar em contato com familiares.
Fonte:G1/CE