sexta-feira, 9 de maio de 2025

Quem foi o cardeal brasileiro que quase virou papa e foi citado até em 'O Poderoso Chefão 3'

Há quase 50 anos, a Igreja Católica teve um conclave para a eleição de um novo líder: o de outubro de 1978. Um cardeal brasileiro, dom Aloísio Lorscheider, teria sido o primeiro a ter a maioria dos votos. Ao recusar o cargo por problemas cardíacos, o então arcebispo de Fortaleza teria aberto caminho para a escolha de João Paulo II. O detalhe dos bastidores do conclave de 1978 foi partilhado em artigo publicado pelo escritor e teólogo Frei Betto em abril deste ano. Também na ficção, dom Aloísio Lorscheider foi citado no filme O Poderoso Chefão: Parte 3, ao receber um voto no conclave encenado no longa (veja vídeo acima). Na vida real, o religioso que poderia ter sido o primeiro papa brasileiro teve uma trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pelos posicionamentos a favor da democratização do Brasil e contra as torturas praticadas na ditadura militar. O cardeal vivenciou, ainda, um episódio cujas imagens marcaram a história recente do Ceará: em 1994, ele foi sequestrado por internos de um presídio na Grande Fortaleza enquanto fazia uma visita ao local (veja abaixo na reportagem). Dom Aloísio Lorscheider participou de dois conclaves e viveu durante o pontificado de sete papas. Veja a trajetória dele: Dom Aloísio Lorscheider era neto de alemães e nasceu na cidade de Estrela, no Rio Grande do Sul, em 1924. À época, a Igreja era liderada pelo papa Pio XI (1922 a 1939). Ele se ordenou como sacerdote aos 23 anos, quando o papa era Pio XII (1939 a 1958). O sucessor de Pio XII foi o papa João XXIII (1958 a 1963), que nomeou dom Aloísio Lorscheider como bispo, em 1962. Em seguida, a Igreja foi liderada pelo papa Paulo VI (1963 a 1978). Foi este pontífice quem nomeou dom Aloísio Lorscheider como arcebispo de Fortaleza (1973) e quem deu a ele o título de cardeal (1976). Como cardeal, dom Aloísio Lorscheider participou dos conclaves para eleger os dois papas seguintes: João Paulo I (1978) e João Paulo II (1978 a 2005). Ele teve a renúncia aceita pelo Vaticano em 2004, um ano antes do conclave que elegeu Bento XVI (2005 a 2013). Dom Aloísio Lorscheider faleceu em dezembro de 2007, sem ter vivenciado o pontificado do papa Francisco (2013 a 2025 Batizado como Leo Arlindo Lorscheider, o religioso passou a adotar o nome de Frei Aloísio em 1944. Enquanto atuou no Rio Grande do Sul, ele foi bispo de Santo Ângelo e chegou a ser eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foi em 1973 que a ligação de dom Aloísio Lorscheider com o Ceará se fortaleceu, quando se tornou o arcebispo de Fortaleza. Nos 22 anos em que ficou na função, ele ficou conhecido pela participação na vida política, social e religiosa do estado. Dentre as causas, o religioso defendeu o fim dos conflitos por terra no Ceará, os direitos dos marginalizados, a melhor distribuição de renda, a redemocratização do Brasil e o fim das torturas durante a ditadura militar. No episcopado de dom Aloísio, foram onze novas paróquias criadas na Arquidiocese de Fortaleza. Dentre elas, estão as paróquias dos bairros Cidade dos Funcionários, Conjunto Ceará e Bom Jardim, em Fortaleza. Lembrado por um estilo de vida simples, ele também atuou em instituições como Cáritas Internacional, Secretariado para a União dos Cristãos, Conselho Pontifício “Cor Unum”, Congregação para os Bispos e Congregação para o Clero, da Cúria Romana. Fonte:G1/CE
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